Todos os assuntos relacionados à proveniência de um documento são codificados na parte Descrição de Manuscrito (msDesc) do header TEI. Mais especificamente, são colocados na subseção history (veja mais em seção geral sobre proveniência).
Quando se produz uma edição acadêmica de um texto pré-moderno, muitas vezes é essencial codificar o que é conhecido a respeito do histórico moderno de observação e registro. O ideal seria que este histórico iniciasse com a descoberta do objeto portador de texto (findspot), detalhasse cada instância substantiva subsequente de relato e culminasse com um relato do último local conhecido ou observado. Tal histórico fornece insight importante sobre a possível localização original do objeto. Ele coloca tanto bibliografia publicada quanto materiais não publicados de arquivo (como cadernos de antigos viajantes) em uma sequência cronológica que algumas vezes é crucial para determinar as origens de leituras e adições variantes. O editor pode utilizar este histórico para sinalizar seus próprios momentos de interação com o objeto portador de texto e, juntamente com informação de inventário e depósito codificada em outras partes da edição, pode dar instrumentos ao leitor para que ele possa localizar, verificar e ir além da presente edição.
Exatamente como a descrição da descoberta e do local de descoberta, TEI/EpiDoc usa um elemento provenance separado para registrar cada instância subsequente de observação moderna, incluindo o "último local conhecido". Texto corrido em prosa pode ser utilizado, mas a melhor prática é marcar os componentes espaciais e temporais sempre que possível, de modo a facilitar precessamento futuro, criação de índices de busca e coisas semelhantes.
EpiDoc reconhece os seguintes valores para o atributo type em provenance:
- <provenance type="found"> é usado para codificar informação sobre a primeira aparição, ou reaparição chave, do objeto portador de texto em tempos modernos; veja Contexto de descoberta (Findspot)
- <provenance type="observed"> é usado para codificar informação sobre observações modernas subsequentes
- <provenance type="not-observed"> é utilizado para codificar informação sobre uma tentativa específica e mal sucedida de localizar um objeto em um local presumido ou previamente relatado
- <provenance type="transferred"> é utilizado para codificar informação sobre relocações modernas documentáveis do objeto portador de texto
Valores opcionais recomendados para subtype estão disponíveis, se houver necessidade de tornar computacionalmente práticas distinções entre diferentes circunstâncias de descoberta (veja a lista em Datas e locais de observações modernas). Obs.: a velha recomendação de <provenance type="autopsy"> como caso especial de <provenance type="observed"> foi agora descontinuada em favor de <provenance type="observed" subtype="autopsied">.
Aqui temos um exemplo adaptado de Inscriptions of Aphrodisias:
<history>
<origin>
<origDate evidence="reign titulature lettering"
datingMethod="http://en.wikipedia.org/wiki/Julian_calendar" notBefore-custom="0250-12"
notAfter-custom="0251-01">December 250 - January
251</origDate>
<origPlace>Theatre of Aphrosidias: north parodos wall</origPlace>
</origin>
<provenance xml:id="copy-picenini"
type="found" notBefore="1705-08-19"
notAfter="1705-08-23">The first known copy of the inscription was made by
Picenini in 1705 (10102, 30v), whence Sherard (10101, 41). The stone was
evidently reused in the late antique construction of the city walls, having been
moved from from its original location at the theatre to its present location,
enmured in the western portion of the south wall of the city.</provenance>
<provenance xml:id="copy-wood"
type="observed" notBefore="1750-10-01"
notAfter="1750-10-03">Copied by Wood (14, f45v), but not published.</provenance>
<provenance xml:id="copy-raoul"
type="observed" notAfter="1835">Copied by
Raoul-Rochette.</provenance>
<provenance xml:id="copy-fellows"
type="observed" when="1840">Copied by
Fellows.</provenance>
<provenance xml:id="copy-loew"
type="observed" when="1841">Copied by
Loew.</provenance>
<provenance xml:id="copy-bailie"
type="observed" when="1842">Perhaps copied by
Bailie.</provenance>
<provenance xml:id="copy-waddington"
type="observed" when="1850">Copied by
Waddington.</provenance>
<provenance xml:id="record-gaudin"
type="observed" when="1904">Recorded by Gaudin
(142).</provenance>
<provenance xml:id="record-mama"
type="observed" when="1934">Recorded by the MAMA
Expedition.</provenance>
<provenance xml:id="record-nyu"
type="observed" when="1965">Recorded by the NYU
Expedition.</provenance>
<provenance xml:id="autopsy-reynolds"
type="autopsy" when="1982">Text transcribed at
the findspot by Reynolds.</provenance>
</history>
Aqui um outro exemplo, adaptado de Corpus of the Inscriptions of Campā:
<history>
<origin>
<origPlace type="location">
<placeName type="temple"
ref="cic-geo:chien-dan">Chiên Đàn</placeName>
</origPlace>
<origDate>
<date datingMethod="http://en.wikipedia.org/wiki/Julian_calendar"
notBefore-custom="1000" notAfter-custom="1025">early 11<hi rend="superscript">th</hi> century</date>
<note xml:space="preserve">We believe that this inscription is to be dated earlier than
previous scholars have assumed. See Cf. <bibl><ptr target="cic-bibl:ECIC-III"/>:
<biblScope>454 n. 36</biblScope></bibl>.</note>
</origDate>
</origin>
<provenance type="observed"
notAfter="1892">
<p xml:space="preserve">This boulder was found before 1892, when it was first mentioned
in the literature (<bibl><ptr target="cic-bibl:paris-1892"/>:
<biblScope>141</biblScope></bibl>), and said to have been observed at the <quote>towers
of <placeName>An-don</placeName></quote>. It was mentioned again in 1896
(<bibl><ptr target="cic-bibl:aymonier-1896a"/></bibl> and
<bibl><ptr target="cic-bibl:aymonier-1896b"/>: <biblScope>94</biblScope></bibl>) as
<quote>inscription of <placeName>Qua My</placeName>, at 60 km to the South slightly
eastward of Tourane</quote>, and tentatively assigned to the 11th century CE. The
inscription was inventoried as <ptr target="#inv-general"/> in
<bibl><ptr target="cic-bibl:coedes-1908"/>: <biblScope>44</biblScope></bibl>, in
association with the place name <placeName>Hoà-mi</placeName>; inscription and stone
were inventoried <bibl><ptr target="cic-bibl:parmentier-1909"/>:
<biblScope>278</biblScope></bibl>, correctly attributed to the Chiên Đàn site (here
spelt Chiên Đàng), and assigned to the late 11th century CE.</p>
</provenance>
<provenance type="observed" when="1900">
<p>Moved by C. Paris to his concession in Phong Lệ in 1900, and from there to
the antiquities park in Tourane in 1901.</p>
</provenance>
<provenance type="observed"
notAfter="1919">
<p xml:space="preserve">Registered in the Tourane Museum in 1919, with inventory number
<ptr target="#inv-musee-parmentier"/> (<bibl><ptr target="cic-bibl:parmentier-1919"/>:
<biblScope>12</biblScope></bibl>), that was subsequently mentioned in the improved inventory
of inscriptions (<ptr target="cic-bibl:coedes-1923"/>).</p>
</provenance>
<provenance type="observed"
notBefore="2009">
<p>We identified fragment A encased in a wall of the Đà Nẵng Museum in 2009. It
has since then been removed from the encasing and according to our latest
information is now kept in storage. We observed fragment B <foreign>in
situ</foreign> on <date when="2009-09-20"/>.</p>
</provenance>
<provenance type="not-observed"
notBefore="2009">
<p xml:space="preserve">We were unable to find fragment C during any of our visits to Vietnam
since 2009.<note>From the earliest references, the sources speak of an inscription in three
fragments. <bibl><ptr target="cic-bibl:parmentier-1919"/></bibl> suggests that the original
rock was willfully split into three fragments <quote>at the hands of the coolies of
Paris</quote>; he mentions that the fragment held in the Museum had been <quote>detached
from the block and transported at the order of C. Paris to his concession of Phong-lệ
before 1900; brought to the Tourane Garden in 1901 and registered under the provisional
number n° 105</quote>. We think that these accusations of vandalism may not be fair,
because Camille Paris himself, in the first ever report of the inscription, clearly states
that the stone was already broken in three pieces when he found it. For reasons unknown to
us, this report is not cited in any of the publications of Parmentier and Cœdès, and could
thus come to be forgotten by subsequent generations of scholars.</note>
</p>
</provenance>
</history>